Aqui fica uma versão oriental do "Deus escreve direito por linhas tortas" ou do "Há males que vêm por bem". Foi uma das parábolas que mais me marcou e ensinou a deixar sempre abertas todas as portas para as coisas boas da vida mesmo quando o panorama não é dos melhores. E tem dado resultado.
"Há uma história chinesa de um velho fazendeiro que utilizava um cavalo velho para cultivar os seus campos. Um dia o cavalo fugiu para a floresta, e quando todos os vizinhos do fazendeiro o foram ver, solidários com a sua má sorte, ele respondeu:
"Má sorte? Boa sorte? Quem sabe?"
Uma semana depois o cavalo voltou das montanhas acompanhado por uma manada de cavalos selvagens e desta vez os vizinhos foram dar os parabéns pela boa sorte do fazendeiro ao que ele respondeu:
"Boa sorte? Má sorte? Quem sabe?"
Então, quando o filho do fazendeiro tentava domar um dos cavalos selvagens, caiu e partiu uma perna. Todos acharam isso má sorte. Menos o fazendeiro, que se limitou a dizer:
"Má sorte? Boa sorte? Quem sabe?"
Algumas semanas mais tarde o exército passou pela aldeia e recrutou todos os jovens saudáveis que lá havia. Quando eles viram o filho do fazendeiro com a perna partida, foram-se embora deixando-o ficar. E agora isto foi boa sorte ou má sorte? Quem sabe?
Tudo o que na superfície parece ser um mal pode ser um bem disfarçado. E tudo o que parece bom na superfície pode realmente ser um mal."
(Anthony de Mello, Sadhana, Pg. 175 Ed. Paulistas)
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Boa Sorte? Má Sorte? Quem Sabe?
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2 comentários:
Viva! Espectacular como sempre...já senti estas experiencias algumas vezes...eu revejo-me um pouco aqui. Quando me acontece de algo que pode ou nao ser uma má coisa, paro para pensar e afinal consigo ver quase sempre algo de bom, porque, quando algo nos toca à porta, tudo muda e algo de novo se depara perante nós. É esta fragilidade que é a nossa vida que a torna maravilhosa, e que faz de todos os momentos, momentos "preciosos". Ate breve
Esta parábula do velho e do cavalo é fantastica e efectivamente leva-nos a pensar na forma como constantemente julgamos as situações com que nos deparamos diariamente.
Bom? Mau? Quem sabe?...
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