sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

= A vida =

O recriar de uma nova vida, é uma imensidão de sentimentos e de acções do momento.
Até que chega a hora,
o despertar,
o salto de um mundo inexistente para o mundo real.
O momento que por todos recordado e festejado como que uma manifestação única e repetida.
E ei-lo,
o ser,
aquele corpo submetido a tudo e a todos à espera do futuro,
do destino.
De uma vida que, por ser bela se torna uma vida infinita,
e triste quando as amarguras a tornam curta.

Os dias passam e o ser cresce.
Vai crescendo a aprendendo que nem tudo o que a vida lhe dá são mares de rosas.
Ele sente hoje que a vida por ser, às vezes demasiado curta, deve ser vivida e aproveitada da melhor maneira sem arrependimentos e … lágrimas,
e, no amanhã ver que enfim, não pediu para nascer, e que o viver não tem o menor sentido e razão,
como que uma vítima apagada pelo esquecimento.
Pelo esquecimento,
como que uma vida não amada,
não sentida.
Até que um dia, após todo o esforço, todo o amor, todas as acções que o fizeram ir caminhando, caminhando…
eu descubro que passo pela vida e vivo.

Escrito em Março de 1992, inspirado nas palavras de Henry David Thoreau, no filme "Clube dos Poetas Mortos".

Plágio: "Fui para os bosques para viver deliberadamente, para sugar o tutano da vida. Aniquilar o que não era vida. E não quando morrer descobrir que não vivi. "

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