quarta-feira, 12 de março de 2008

Terapia do toque - continuação

Todos precisamos de ser tocados.

O tacto é o 1º sentido que desenvolvemos e o último que perdemos.

Sabe-se que os bébés recém-nascidos que são privados de contacto hmano têm mais dificuldade em crescer saudavelmente, mas se acariciados por uma mão amiga, até os prematutros mais frágeis se tornam mais fortes e resistentes.

Para os bébés de algumas tribos africanas e das ilhas do pacífico, o contacto físico é, tradicionalmente, o calmante usado.

São transportados (embalados) durante o dia pelas mães que vão brincando em eles.

Existem relatos de investigadores que afirma que, extraordinariamente, em aldeias com mais de 100 bebés, é raro ouvi um choro.

Por "cá", no mundo "desenvolvido" cada vez mais as crianças precisam de psicologos e psiquiatras...dá que pensar sim...

Há bebés que sucumbem pelo simples facto de não serem tocados carinhosamente.

Até que idade temos direito a um abraço?
Até morrermos

É fundamental o contacto humano durante a vida inteira.

As pessoas que são privadas de ser tocadas de forma positiva são privadas de um contacto essencial.

Nos adultos é normal nos agarrarmos a alguém quando sofremos desgostos, e é suposto nos preocuparmos com o contacto, toque, afectos, da mesma forma como nos preocupamos em pagar a casa...

"o toque é a forma que a natureza encontrou de chegar ao coração"

Se não tocarmos os outros vivemos num mundo de isolamento e solidão.

Precisamos do toque para comunicarmos, de comunicar para amar e de amar para ter uma vida saudável.

O contacto físico liberta as endorfinas; essa é uma das razões porque o sexo nos faz sentir tão bem.

Até o toque de um estranho pode ser suficiente para aumentar os niveis de endorfinas e melhorar consideravelmente o nosso estado de espírito.

Porque não nos tocamos uns aos outros mais vezes?
Porque vivemos cada vez mais sozinhos?
Porque estamos a substituir o contacto pessoal?

Termino com algo que me apetece partilhar e relacionar com este tema, escrito por mim há precisamente um ano e oito dias.

4/Mar/2007 1:59 - "Lie with me" para quem ja viu o filme. Eu estudei comunicacao, mas nunca me ensinaram isto. Penso, leio, observo. Já não há tempo para falar. Não falamos, não partilhamos. (aqui nao estou eu) Então o que nos resta? algo que nao dê tanto trabalho, (quem não gosta?) que seja rápido e que nos dê prazer.(certo!!!!!, please)
Quem já viu o filme sabe do que estou a falar. Comunicamos de várias formas: a falar, quando nos movemos, os nossos gestos, como comemos, como dormimos, como fazemos amor, sexo. Hoje procura-se a forma de comunicar que dê menos chatices - o "engate" ou chamem-lhe o que quiserem. Dá menos trabalho. (ok) Gostar de viver, respeitar o outro, a busca pela tranquilidade, oh...tanta falta nos faz, paz espiritual (porque a outra vamos dando cabo dela). A minha opiniao, ok, aqui vai: falta muito amor em nós, partilha, diálogo, comunicação. (e nao me venham com a desculpa de sempre de que não há tempo) Além de comida, (prato cheio e saborosa p.f) de que precisamos nos?? (......) Sim, porque há muito mais além do acto. Muito mais, é o que esta a volta.

Agora, passado um ano, sinto me feliz por ter dado alguns pequenos, grandes passos; este blogue é exemplo disso, do tempo para partilhar, seja de que forma fôr, já é gratificante. Melhorei na minha própria gestão de tempo: trabalho versus ócio, nas relações, no tempo que lhes queremos dedicar como consta na citação do Principezinho (deste blogue), se não dedicarmos tempo a algo, simplesmente não cresce...e vejo coisas a crescer na minha vida...

1 comentário:

Vedoris disse...

O meu testemunho: vivi 14 meses em Angola e no interior dei por mim a perguntar porque razão os bebes não faziam cenas de choro como os que eu conhecia de cá (Portugal). De facto, às costas das mães para todo o lado ficavam calminhos. Muito giro.

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