quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Trabalho Bom, Humano e Positivo

Fiquei impressionado com o artigo "Trabalho e Ócio" e não resisti a partilhar este vídeo. E se no local onde trabalhamos gostassem de nos ver felizes? E o ócio convivesse com o trabalho no mesmo lugar? Era uma coisa boa? Não "era", já "É" (possível). Vejam o vídeo e depois vamos, a correr, espalhar esta cultura? Mostrar isto a toda a gente? Falar de empresas que parecem sonhos porque nasceram de sonhos? Os tais "sonhos" que algumas pessoas desvalorizavam mas que são a força mais poderosa onde todas as coisas boas começaram a existir. Aqui fica pois o que me parece ser um possível Trailler do artigo "Trabalho e Ócio".



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Trabalho e Ócio

Hoje apetece-me falar do trabalho e da falta dele. Do amor ao trabalho, da obsessão pelo trabalho, pelo mal que nos possa fazer a nós e aos nossos filhos. Conforme Paul Lafargue, médico socialista françês, casado com a filha mais nova de Krl Marx, o trabalho é uma actividade essencial na construção da humanidade, mas dentro dos limites razoáveis onde não pode ficar de fora o igual direito ao ócio. 126 anos depois deste manifesto, o assunto continua na ordem do dia. Os Gregos e os Romanos consideravam o ócio a mais alta das virtudes, aquela por onde poderia finalmente nascer o desenvolvimento físico e intelectual do homem. Hoje sinto o desemprego mais que nunca no nosso país, e, quanto a mim, agrada-me a sensação de não estar no ritmo alucinante que me exigiram nos últimos trabalhos que tive onde exaltam a competitividade como o principal factor humano a considerar, em prejuizo de um trabalho profissional que seja estruturante e reestruturante, capaz de ser produtivo e que para mim, seja a garantia de estar a produzir algo para ficar no dia de amanhã, ao contrário do que tem acontecido, tem que ser lucroso para hoje e se amanhã já cá não estiver não faz mal.

Só vejo o proveito nos que lucram e não nos que trabalham. Aqui recordo-me de uma mensagem do colaborador do partilha, Vedoris, que conta em como os Suecos trabalham cada projecto no prazo de dois anos. Pensar, repensar, melhorar, por forma a que, quando implementado, possa dar frutos no futuro e seja compensador para todas as pessoas envolvidas. Agora alimenta-se o desenrasca, o salve-se quem puder e amanhã logo se vê.
Critica-se esta loucura na forma de vida das pessoas, mas esquecem-se que provém do trabalho e naquilo que é exigido, 8, 9 10 horas por dia, 5 e às vezes mais dias por semana.

Hoje a psicologia vei-o fazer com que se tenha que alterar a forma de trabalhar com base na motivação.
Hoje há empresas que usam o ócio como chave para essa motivação, porque é do ócio que muita vezes surge a ideia mais brilhante (Assim nasceu a filosofia, a ciência ou a cultura). Em muitas das novas profissões a mais importante ferramente de trabalho é pensar e, para isso, nada como o ócio.
Dzem agora os proprios investigadores que, enquanto vivermos atafulhados a produzir resultados não temos capacidade de digerir e de pensar. Contemplação e reflexão tornaram-se hoje valores imprescindiveis. Não "fazer nada"já não é perda de tempo porque é no descanso que o pensamento pode fluir. Lembro-me agora da bendita sesta que os nossos vizinhos fazem e dos benefícios que podem adver daí...
Enquanto não pararmos de cumprir tarefas entre casa e o trabalho, não há tempo para pensar. Domenico de Masi, sociologo italiano pioneiro da causa do ócio, defende que estamos a entrar na "sociedade da criatividade", onde já não são precisos tantos postos de trabalho, nem tantas horas de falso labor. São precisas ideias.
Profetiza este sociólogo, uma sociedade onde o trabalho nascerá do ócio e não daquela onde adquirimos o direito ao ócio epenas como prémio pelo nosso trabalho. (para continuar...)

Relacao

"É esse individuo em relação que estabelece as pontes (ou as reconhece) que canaliza a construção da cultura de um bairro, de um país, do mundo, do universo. "

Centro de Artes em Movimento, de Lisboa (CEM)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Valores

O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que elas acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Boa Sorte? Má Sorte? Quem Sabe?

Aqui fica uma versão oriental do "Deus escreve direito por linhas tortas" ou do "Há males que vêm por bem". Foi uma das parábolas que mais me marcou e ensinou a deixar sempre abertas todas as portas para as coisas boas da vida mesmo quando o panorama não é dos melhores. E tem dado resultado.

"Há uma história chinesa de um velho fazendeiro que utilizava um cavalo velho para cultivar os seus campos. Um dia o cavalo fugiu para a floresta, e quando todos os vizinhos do fazendeiro o foram ver, solidários com a sua má sorte, ele respondeu:
"Má sorte? Boa sorte? Quem sabe?"
Uma semana depois o cavalo voltou das montanhas acompanhado por uma manada de cavalos selvagens e desta vez os vizinhos foram dar os parabéns pela boa sorte do fazendeiro ao que ele respondeu:
"Boa sorte? Má sorte? Quem sabe?"
Então, quando o filho do fazendeiro tentava domar um dos cavalos selvagens, caiu e partiu uma perna. Todos acharam isso má sorte. Menos o fazendeiro, que se limitou a dizer:
"Má sorte? Boa sorte? Quem sabe?"
Algumas semanas mais tarde o exército passou pela aldeia e recrutou todos os jovens saudáveis que lá havia. Quando eles viram o filho do fazendeiro com a perna partida, foram-se embora deixando-o ficar. E agora isto foi boa sorte ou má sorte? Quem sabe?

Tudo o que na superfície parece ser um mal pode ser um bem disfarçado. E tudo o que parece bom na superfície pode realmente ser um mal."
(Anthony de Mello, Sadhana, Pg. 175 Ed. Paulistas)

Partilha

Somos viajantes que realizam uma viagem cósmica- partículas etéras, girando e dançando nos turbilhões e remoinhos do infinito. A vida é eterna. Mas as expressões da vida são efémeras, momentâneas, transitórias. Gautama Buda, fundador do Budismo, disse um dia:

A nossa existência é tão passageira como as nuvens de Outono.
Assistir ao nascimento e morte dos seres é como observar os movimentos de uma dança.
Uma vida é como um relâmpago no céu.
Corre como a água que jorra da íngreme montanha.

Parámos por algum tempo para nos encontrarmos uns com os outros, para nos amarmos, para partilharmos. Este momento é precioso, mas passageiro. Constitui um pequeno parêntesis na eternidade. Se o partilharmos com carinho, alegria e amor, criaremos abundância e felicidade uns para os outros. E assim este momento terá valido a pena...

Deepak Chopra

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

AMIZADE

O Conforto...
O conforto indiscutível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser necessário pesar o que se pensa, nem medir o que se diz... despejando as palavras para fora de nós, no momento em que se formam e se articulam, com a certeza de que uma mão fiel pegará nelas passando-as por um crivo... guardando o que valer a pena guardar e com um sopro de gentileza, jogar o resto fora...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

"Portable Applications"

Não sei se são como eu, mas quando estou fora do meu PC faz-se sempre falta aquela aplicação particular que dá muito jeito. No outro dia tropecei num site com "Portable Applications", ou seja aplicações que podem ser transportadas numa "Pen" e executadas em qualquer PC sem necessidade de instalação. Fiquei Fã.

Para os interessados aqui fica o link: http://portableapps.com/

«Deixa cair...»

«Abre a mão, deixa o saco cair e ficar oculto no pó do caminho». Eis uma frase que um amigo que disse a própósito de uma conversa que estávamos a ter de um determinado assunto.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

S. Valentão

Miguel Esteves Cardoso? Constança Cunha e Sá? Miguel Sousa Tavares? Margarida Rebelo Pinto? José Pacheco Pereira? Clara Pinto Correia? Quem terá escrito este texto? Se nunca o leu tente descobrir. Porque S. Valentim tem um dia, os namorados também e há Amor.
Elogio ao Amor
Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
(Descubra aqui o autor)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Vivam música!

Como membro de uma banda de música (rock tuga do melhor ;) posso garantir a todos que uma das melhores experiências que se podem ter é a de comunicar musicalmente.
Fazer parte de um todo coeso que naquele momento forma apenas uma única coisa que é muito mais coerente do que cada uma das partes por si só.
Sentir... sentir o som que nos sai do corpo e do corpo dos outros.
Pensar música... é magnificamente abstracto e ao mesmo tempo maravilhosamente concreto.
É uma espécie de sexo com orgasmos múltiplos. Ora ruidosos, ora silenciosos... ora buscos, ora suaves...
É uma orgia feita a quatro que incessantemente gera filhos bem amados.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

PPP = Partilha de Pastilhas Positivas



Encontrei estas frases nas Selecções:



  • Quando um casamento precisa de ajuda, quase sempre a solução é divertir-se mais. Esqueça a sua lista de queixas e vá andar na montanha russa.

  • Não há nada melhor do que um mundo onde todos tentam fazer-se rir uns aos outros.

  • A única coisa segura é arriscar
(In Selecções, Reader's Digest, Ed. Portuguesa, Agosto 2007, Pg. 85)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ressonancia Magnetica

No passado dia 4 de Fevereiro fui fazer a minha primeira ressonância magnetica. Nome pesado este. Mais pesado ainda quando via nos filmes que tinha que entrar para uma máquina meio fechada. Aassunto sério pensava.
Bem, cheguei à CUF DESCOBERTAS bem disposta e fui fazer o tal de exame que durou uma hora.
Pensei para comigo que tinha duas hipoteses, stressar e desistir do exame ou superar.
Decidi para comigo superar e BEM. A máquina faz um barulho nada agradável e parece que estou em plena fabrica a laborar a 200% a encostada ao motor, ouvi três ritmos diferentes de ruído incomodativo e foi então que fechei os olhos e pus-me a cantar o Muda de Vida do Antonio Variações. Foi a primeira música que tinha ouvido hoje e andava com ela no ouvido.
Durante uma hora o ruído tentava trazer-me àquele espaço foi quando pensei na dor que o dedo me tem dado nos últimos anos (chamo-lhe o meu aleijadinho) e que me estava a despedir dessa dor, o ruído era o meu subconsciente a mandar a dor embora.
Acreditem que senti-me sem dores durante todo o exame.

Tudo correu bem, vou ser operada para tirar algo que não faz falta fruto de uma lesão no andebol há muitos anos.
A partir deste simples exame sinto me mais forte por ter superado este medo meu pelo tal exame, afinal, infundado porque de facto, as coisas sao sempre melhores do que prevemos quando pensamos nelas.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Duas Experiências ++

Venho por este meio aceitar o convite da nossa contribuidora Canuda para partilhar aqui uma experiência positiva que me tenha acontecido nesta semana. E arranjei duas:
Exp.ª 1 - Faz hoje oito dias fui jantar com uma ex-colega de trabalho que não via há sete anos. E vi que, sete anos depois, ela está igual.
-E que tem isso de positivo? Perguntarão vocês. E eu respondo naquele tom de quem quer manter a bola do futebol da razão do seu lado:
-O que tem isto de positivo? Simples: que o tempo não é uma máquina destruidora que atinge tudo e todos implacavelmente, como muitas conversas negativas quotidianas nos poderiam levar a crer. O tempo é mesmo relativo e o que ele provoca são alterações nas coisas e nas pessoas. Umas destrutivas, para abrir espaço às novidades, e outras construtivas. O que mais me agrada nisto tudo é que muita da acção do tempo sobre as coisas e sobre as pessoas pode ser PARTILHADA connosco. Ou seja, aquilo que somos, fazemos e sonhamos contribui para o tipo de novidades que o tempo nos vai trazer. O que semeamos tem que ver com a colheita que faremos. Vamos lá fazer uma citação do blogue: "...as palavras são como as sementes, se forem boas, darão bons frutos!"
Exp.ª 2 - Sexta Feira passada vinha do Alentejo e, imaginem, pôs-se o sol. O céu ficou azul escuro, o horizonte manteve um tom alaranjado e entre os dois pareceu-me haver uma pequena faixa esverdeada. A lua ficou um espanto e não resisti a gravar um vídeo.
-E que tem isso de positivo?
-Perguntem-me antes em que mundo acredito mais: no das coisas boas e belas que vejo ou na colecção de dejectos que passa nos noticiários? Perguntem-me também se a maioria dessas notícias me interessam ou me servem para alguma coisa? Ou se elevam a auto-estima da humanidade?
Coisas boas nos sucedam durante esta semana. Nem que seja preciso ir procurá-las.

Escolhas do Mês - Arrisca te pela amizade!